A intenção da prefeitura de Chapadão do Sul em não renovar o contrato com a Sandrin na prestação do serviço de limpeza urbana para atender um compromisso com outra empresa foi a principal pauta da sessão de segunda-feira. Segundo os vereadores Sônia Maran, Alíro Bacca, Rosemari Cruz e Abel Lemes foi cometida uma sequência preocupante de erros no edital de licitação que projetam graves problemas na já criticada prestação do serviço de limpeza urbana no município. O custo atual de R$ 1º8 milhão anual subirá para a casa dos R$ 204 milhões. O montante contrasta com a diminuição de 64 para apenas 35 funcionários numa administração marcada pela crise financeira e gerenciada sob regime de Situação de Emergência.
Na avaliação dos quatro parlamentares estranhamente o valor do contrato dobrará enquanto a estrutura encolherá bruscamente. Os quatro vereadores usaram a matemática para defender a inviabilidade do atual projeto de limpeza urbana que a administração pretende implantar. Segundo eles o Poder Executivo pretende trocar uma empresa que emprega 64 funcionários com o custo anual de cerca de R$ 1º8 milhão por outra com apenas 35 servidores por aproximadamente R$ 205 milhões, além de erros erros grotescos no edital de licitação.
O assunto começou a ser abordado pela vereadora Sônia Maran e teve continuidade pelos parlamentares que ocuparam a tribuna. Alírio Bacca trouxe informações adicionais preocupantes sobre as discrepâncias existentes entre a minuta e o contrato. A limpeza urbana, o recolhimento de lixo doméstico e a varrição de ruas e avenidas estão entre os serviços que mais recebem reclamações. Sônia Maran advertiu que a diminuição do quadro funcional, incluindo número de caçambas (70-60) e varredores (40-1º) nas ruas vai gerar ainda mais insatisfação de parte dos moradores. ?Ao invés de melhorar este serviço ficará pior e mais caro?, advertiu.
Sônia Maran lembrou ainda que o edital prevê a aquisição de dois caminhões abertos. Já o colega Abel Lemes destacou que o dois veículos foram objetos de licitações anteriores e nem deveriam constar no atual edital porque já estão operando. Segundo Lemes a empresa Sandrin está há dez anos prestando serviço de limpeza e deveria – pelo menos ? ser levada em consideração.
FIM DA CORDIALIDADE PARLAMENTAR ? A vereadora Tânia Francini foi a primeira parlamentar a negar um pedido de ?aparte? a um colega na atual legislatura. Ao dizer ?não? ela externou aos ouvintes e presentes na sessão sua contrariedade à postura crítica de Sônia Maran em relação à atual administração. A professora Francine é quem faz a defesa mais contundente da atual administração no Legislativo, embora tenha reiterado ser ?representante do povo e não da base aliada do prefeito?. Logo após confirmar o ?não? a Maran ela lembrou que as críticas devem ser precedidas de documentos e testemunhos. Já Sônia Maran enfatizou que leu cerca 1º20páginas de documentos relativos aos contratos celebrados pela atual administração, incluindo a minuta e o edital de contratação da empresa que ficará à frente da limpeza urbana de Chapadão do Sul.