Um morador de Chapadão do Sul participa do Bolão da Mega Sena da Virada organizado pelo funcionário público Ademir Almeida, o “Sortudo de MS”. Ele é comparado ao personagem “Gastão” de Walt Disney e ganha quase tudo que participa. É o único que acharia um trevo de quatro folhas no campo. Em 2019 embolsou R$ 1,1 milhão na Quina de São João. Ninguém acertou os 5 números e as apostas do grupo marcaram quadras e ternos, levando o montante. Como todos os apostadores querem ficar “bem pertinho” de Ademir já foram investidos mais de R$ 100 mil em em 12 bolões, totalizando mais de 30 jogos.
Com mais de dez anos de história, o grupo de apostadores investiu mais de R$ 100 mil em apostas da Mega da Virada. O criador do grupo, Aldemir Almeida (44), conta que ao todo serão realizados 12 bolões, totalizando mais de 30 jogos. O funcionário público diz que a ideia de montar um grupo para o bolão surgiu ainda na virada do ano de 2011 para 2012. “Eu estava no computador passando o tempo e olhando os números, quando descobri que era possível apostar mais de 6 dezenas e que isso aumentava a chance de ganhar”, contou.
Na época, o valor da aposta era de R$ 10 mil. Sem condições de desembolsar esse valor ele decidiu anunciar o bolão em uma rede social. “Eu postei no status do Facebook ou do Orkut, não me lembro ao certo, que estava com um bolão com 99 vagas, porque uma eu segurei para mim, e assim conseguimos uma cartela. Acertamos dois números na época”, relembra.
Com o passar dos anos, o valor das apostas foi aumentando e os apostadores começaram a participar de outras edições especiais de loterias, em que o valor do prêmio não acumula. “A expectativa para esse ano é alta, porque a cada ano que passa as chances são maiores e nós vamos aprimorando”, explica.
A primeira premiação veio no ano de 2017, quando o grupo acertou a quadra da Mega da Virada e recebeu R$ 22 mil, que foi deixado em caixa para ser investido em outros jogos. A segunda premiação aconteceu em 2019, quando o grupo acertou a quadra da Quina de São João e o grupo conquistou o prêmio de 1,1 milhão de reais.
Nesse grupo são realizados 100 cotas, sendo que 98 são dos apostadores, uma cota administrativa e uma social. Durante o ano de 2019, pela cota social, foram distribuídos cestas básicas, freezer para a aldeia onde trabalham com mandiocas, remédio, fraldas para crianças carentes, entre outros.
Depois do sucesso, Ademir conta que o grupo se consolidou e, apesar de ser da cidade de Dourados, em seu grupo de 100 apostadores fixos, tem pessoas de todas as regiões do Brasil. “Tem gente de Goiás, de São Paulo, Rio de Janeiro, de outras cidades e estados. Na lista de espera para entrar no grupo tem cerca de 300 pessoas”.