O aumento de ocorrências com armas de fogo não preocupa somente policiais civis e militares, mas também acaba influenciando na mudança de hábitos da população. Na semana passada o portão de uma casa foi alvejado na rua Turmalina, deixando vários buracos. Não está descartada a possibilidade de uma arma de grosso calibre ter sido usada. Um motoqueiro efetuou um tiro na cabeça de um pedestre nas imediações do viaduto da Feira do Produtor. O atentado lembra os enlatados americanos onde um desequilibrado sai às ruas atirando em tudo que vê. Logo a seguir um eletricista foi atacado por uma gangue na Avenida Goiás. Depois de perder a bicicleta e a carteira ainda levou um tiro no pé, apenas para distração dos criminosos.
Armas de fogo – e também munições – estão na mira do Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Chapadão do Sul. Ocorrências policiais que parecem rotineiras confirmam a existência delas no cenário de algum crime. Enquanto o Governo Federal gasta milhões para investir numa campanha de ?Desarmamento? verdadeiras fortunas são ?perdidas? para tratar vítimas de balas perdidas pelo Brasil e no custeio de operações policiais em todas as esferas (federal, estadual e municipal). O senso popular ratificou a máxima de que apenas os criminosos devem ser desarmados, mas quem entrega revólveres e espingardas são as pessoas honestas. Alguém conhece algum ladrão que entregou seu ?instrumento de trabalho??
Em recente ataque contra um morador de rua de Chapadão do Sul foram disparados mais de cinco tiros calibre 20. As balas vieram do interior de um carro que trafegava pela Avenida Dois, nas imediações da Feira do Produtor. Outra arma ? possivelmente uma pistola – foi vista na cintura do piloto da moto que dava cobertura à fuga de um ex-apenado do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele voltou às ruas de Chapadão do Sul e ? naquele momento ? acertava contas com antigos desafetos.
Há registros de tentativas e assassinatos em Chapadão do Sul onde vários tiros foram disparados. ?Ninguém escutou ou viu nada?. A lei do silêncio tornou-se uma espécie de pacto entre os cidadãos de bem e os bandidos. Um não quer se incomodar e o outro precisa de discrição para cometer seus delitos sem chamar a atenção da polícia.