O trabalhador braçal Roberto Carlos da Silva é o nome do homem conduzido ao Pronto Socorro do Hospital Municipal com um tiro na cabeça. Ele foi alvejado por um motoqueiro nas imediações do viaduto da Feira do Produtor na madrugada de ontem. As informações sobre sua entrada no hospital com uma bala na cabeça foram confirmadas por soldados do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Chapadão do Sul. Este é o segundo caso de paciente que chega com ferimentos graves nesta região e sobrevive. Em 201ºGilmar Soares de Matos entrou no Pronto Socorro com cinco balas alojadas no crânio e tem uma vida normal.
Apesar do tiro na cabeça (região da testa) Silva caminhou até a Avenida Goiás onde tombou próximo de uma construção, por volta das 20horas da madrugada deste domingo. Ele contou à Polícia Militar que descia pela rua Vinte e Três em direção à boate ?Maria Bonita?, próximo do viaduto. Ele não observou a aproximação da moto, mas logo a seguir escutou o estampido e o choque do chumbo quente na cabeça. Saiu correndo em direção ao mato de um terreno baldio e se escondeu enquanto o motoqueiro e mais dois homens o procuravam.
Quando eles foram embora Silva sentiu-se seguro para ir para casa em busca de socorro. Perdeu as forças e caiu na Avenida Goiás antes de ser localizado por pessoas que passavam no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a vítima começou a receber os primeiros socorros. Logo a seguir a Polícia Militar produziu um Boletim de Ocorrência.
CINCO BALAS NA CABEçA – De acordo com a Polícia Militar em novembro de 201ºGilmar Soares de Matos foi encontrado caído no acostamento da BR-060, perto da cidade, por um produtor rural que passava no local. Conduzido ao posto policial chegou consciente, apesar dos ferimentos na cabeça. A vítima relatou que saiu para beber em uma propriedade rural com amigos e, na volta, teria sido agredida e assaltada. De acordo com a PM, o homem disse que fingiu ter morrido para escapar. Ele teria dito que foram levados documentos pessoais, uma quantia em dinheiro, cartão de crédito, dois cartões vale-refeição e um celular.
Os policiais registraram a ocorrência como roubo. Os acusados pela agressão foram presos e encaminhados à delegacia de Polícia Civil. Na ocasião o médico Amaury Nantes Muniz informou que as balas alojadas na cabeça da vítima não seriam retiradas. O que mais chamou atenção foi que ele chegou andando ao hospital e não sabia que tinha levado cinco tiros na cabeça, lembrou Muniz. Dos cinco tiros, um ficou alojado na nuca, dois na mandíbula e um próximo ao ouvido. A quinta bala fraturou um osso nasal do homem, mas o projétil não ficou alojado. (Foto ilustração do caso de Gilmar)