O 1º Fórum histórico que discute a criação de um Consórcio Regional de Saúde foi realizado na Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul na tarde desta quarta-feira com as presenças de prefeitos da região e especialistas da área nos âmbitos municipais, estadual de MS e de outros estados. O prefeito de Itanhangá (MT), Edu Laudi Pascoski – profundo conhecedor do assunto – foi o principal palestrante da tarde. Atuou como presidente do Consórcio Teles Pires em duas gestões, entidade referência nas ações e serviços que os estados e municípios realizam para manter a qualidade no sistema de saúde entre cidades. Representantes de todas os municípios envolvidas assinaram uma “Carta de Intenções” para dar início aos estudos de viabilidade.
Consórcio Regional de Saúde consiste na aplicação da política de arranjos organizativos de ações e serviços de saúde de diferentes níveis de atenção integradas e reguladas por sistema de apoio técnico, logístico e de gestão entre municípios. O objetivo é melhorar os serviços e baratear custo com a compra de medicamentos, equipamentos e a contratação de especialistas. Seria o fim da “ambulancioterapia” de remoção de pacientes para grandes centros onde muitos morrem pelo caminho.
Modelos bem sucedidos do MT atestam a viabilidade do sistema quando a integração entre os municípios é estabelecida com toda a estrutura funcional, incluindo uma assessoria jurídica de suporte. O Fórum é uma iniciativa do presidente do Poder Legislativo, André dos Anjos, em parceria com o prefeito João Carlos Krug e o Governador Reinaldo Azambuja. O presidente da Câmara de Vereadores e as assessorias jurídica e de comunicação viajaram às cidades de Cuiabá, Sorriso e Itanhangá (MT). São 16 consórcios funcionando naquele estado que mudaram para melhor a saúde pública da população de várias cidades.
O modelo do Consórcio Teles Pires em Sorriso é considerado um dos mais acabados e será usado em Chapadão do Sul e região. A condução é dos prefeitos, mas o corpo técnico da saúde é quem administra o funcionamento. Segundo André dos Anjos o objetivo é trazer soluções viáveis de economicidade e tornar o Consórcio ferramenta como um braço auxiliar na compra de medicamentos, realização de cirurgias de alta e media complexidade e zerar filas como cirurgias de cataratas por exemplo.
Já o prefeito João Carlos Krug reiterou que os municípios precisam “entregar mais” à população na área de saúde com melhores resultados. Segundo ele nem mesmo a excelente arrecadação de Chapadão do Sul resolve o problema de contratação de especialistas que não querem vir para cidades do interior, preferindo os grandes centros. Já para municípios pequenos o “cobertor se torna curto” porque a aplicação dos 15% da arrecadação extrapola o percentual determinado pela legislação.
Krug aderiu à ideia e destacou que o Consórcio Regional de Saúde abrirá novas portas na gestão com ampliação de serviços com menor custo porque medicamentos podem ser adquiridos em maior quantidade com diminuição de custos. É o sonho de todo o gestor, ponderou o prefeito. Os modelos bem sucedidos buscados pela Câmara de Vereadores em outros estados se mostraram eficientes na melhoria da qualidade de suas respetivas regiões, aumentando o nível dos indicadores de saúde, finalizou Krug.
