Falta de integração regional engessa politicamente cidades como Chapadão do Sul, Costa Rica, Paraíso das Águas e Cassilândia. Nesta eleição o ex-prefeito Pedro Caravina (PSDB) obteve em Bataguassu 8.473 votos (63,35%) para deputado estadual. Também foi o mais votado em Anaurilândia, Brasilândia e Santa Rita do Pardo. Na capital obteve mais de 3 mil, totalizando 31.952 consignações. O mérito foi formar liderança numa região de pequenas cidades é uma arte que precisa ser observada pelos representantes da Região do Bolsão. Lançam candidaturas que se auto flagelam e perdem a eleição para candidatos de fora.
A região tem 64.012 votos entre quatro cidades. Chapadão do Sul (21.128) / Costa Rica (22.565) / Paraiso das Águas (4.226) / Cassilândia (16.093). No cômputo geral apenas 13 mil pessoas votaram, num universo de 21 mil. Na hipótese do Dr Buzoli / Sapo / Clarineu obtivessem todos os votos da cidade não se elegeriam. Não seriam suficientes para assegurar uma cadeira direta na Assembleia Legislativa. Buzoli teve um desempenho histórico nas urnas em Chapadão do Sul com 4.945 votos (35,50%).
Caso houvesse uma diálogo regional neste sentido com as cidades vizinhas a possibilidade de eleição de um representante local seria plausível. O prefeito Pedro Caravina conseguiu esta costura geográfica e eleitoral unindo várias cidades em torno de suas propostas. Certamente estes municípios terão toda a atenção de seu mandato por ofício e obrigação. Chapadão do Sul ainda teve 7,46% de votos em brancos e 3,07% nulos. Está provado que sem uma formatação regional no plano político continuaremos órfãos.
Claro que é preciso destacar o bom serviço de Mara Caseiro e Paulo Correia. São dois parlamentares que sempre participam com emendas importantes para vários setores como educação, saúde e infraestrutura em Chapadão do Sul.
Depois do segundo turno desta eleição para presidente e Governador em MS caberá aos prefeitos Anísio de Andrade (Paraiso das Águas), Cleverson dos Santos (Costa Rica) e João Carlos Krug (Chapadão do Sul) apresentarem alguma proposta neste sentido ou a continuidade do modelo atual. Estes gestores tem suas demandas para serem resolvidas com gargalos sempre urgentes. Mas – em algum momento -este assunto deverá ser pauta no momento que se discute a regionalização da saúde com protagonismo de todas as cidades.
