Pela primeira vez na história política do Brasil o MS terá duas candidatas à presidência da República. Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) são as protagonistas de partidos que não decolaram na corrida presidencial, mas entrarão para a história. Poucos lembram que o MS teve Jânio Quadros como representante genuinamente sul-mato-grossense a ocupar o posto mais importante do País. Há controvérsias sobre se o nascimento se deu mesmo em Miranda (cidade pantaneira) ou em Campo Grande. Seu mandato foi conturbado e rápido finalizando com uma renúncia que elevou João Goulart ao comando da nação antes de ser deposto pelo golpe militar, dando início à ditadura.
A senadora Simone Tebet confirmou a Mara Gabrilli (PSDB) como sua vice na chapa que disputará a eleição de outubro. Já o União Brasil oficializou a pré-candidatura da senadora Soraya Thronicke à presidência. Essa será a estreia de Thronicke em um pleito presidencial. Em 2018 ela foi eleita para o seu primeiro cargo político, no Senado, pelo Mato Grosso do Sul.
JÂNIO QUADROS
Na Rua 14 de Julho, pouco antes de Avenida Mato Grosso, as novas fachadas há muito tempo escondem o prédio branco que, como as lendas urbanas que ganham força sem registro histórico, teria sido a primeira morada do único presidente da república de certidão sul-mato-grossense. Jânio Quadros também foi um dos mais polêmicos, e desde sempre teve uma história conturbada.
Do nascimento, o que há de comprovação é uma cópia de registro no Cartório Santos Pereira, de 25 de janeiro de 1917. Entre os historiadores, são duas as versões sobre a data. Alguns dizem que Jânio nasceu mesmo em Miranda e apenas foi registrado em Campo Grande. Outros contam que o parto ocorreu durante uma viagem da família ao Estado, que durou pouco mais de dois meses.
Apesar dos detalhes apagados, no centenário do ex-presidente, a biografia o trata como campo-grandense, filho do curitibano Gabriel Quadros, formado em Direito pela Universidade de São Paulo e o 22º presidente do Brasil. Já havia sido eleito vereador, prefeito, deputado e governador do mais rico estado brasileiro. Experimentou pouco o poder diante de um País conturbado politicamente (31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto de 1961). Renunciou, o vice João Goulart assumiu e 3 anos depois veio o golpe militar de 64. (redação / campograndenews / G1)
