Como estratégia fitossanitária nas regiões agrícolas foi adotado o “Vazio Sanitário” que consiste em período definido e contínuo não semear ou manter plantas vivas de soja em uma determinada área. O alerta foi feito pela Fundação Chapadão de Chapadão do Sul para evitar novos focos da Ferrugem Asiática, considerada a principal doença da cultura no século na américa latina. Em mais de 20 anos de ocorrência epidêmica bilhões de dólares foram perdidos com a ocorrência da doença. Os prejuízos não foram mais vultosos graças à pesquisa e experimentação.
Para manejo da doença diversas estratégias de controle podem ser adotadas como o uso de fungicidas, semeadura no início da época recomendada, cultivares tolerantes, Vazio Sanitário, entre outras. O fungo só sobrevive em plantas vivas, tendo a soja como principal hospedeiro (Existem outras plantas!). Assim, o Vazio Sanitário da cultura da soja objetiva reduzir a fonte de sobrevivência do fungo e – consequentemente – a população do parasita na safra seguinte.
Em Mato Grosso do Sul o Vazio Sanitário é previsto em legislação. Em mais de dez anos de implantação já contribui muito para amenizar os problemas causados pela a doença.
O Iagro é o responsável pela fiscalização, notificação e multa aos produtores rurais que mantém a presença de plantas voluntárias no período do vazio sanitário, iniciado na quarta-feira (15) até o dia 15 de setembro.
Diante da importante medida preventiva, a Fundação Chapadão emitiu um alerta. “O período de início do vazio sanitário da soja vai começar. A erradicação das plantas guaxas é essencial para reduzir na entressafra e prolongar ao máximo o início da doença na safra 2022/23”. Mesmo com o menor número de casos relatados na safra 2021/22, a doença ainda apresenta o mesmo poder destrutivo.
O pesquisador Dr. Lucas Fantin e a Dra. Karla Braga relembram a velocidade de evolução da doença (Figura abaixo), que quando não controlada, pode causar reduções de produtividade superiores a 80%. Na figura é possível observar a desfolha em parcelas experimentas em um intervalo de 7 e 12 dias em função da presença da doença.
Fonte: Assessoria de imprensa Fundação Chapadão