Graças ao interesse dos representantes da AFIMS (Associação das Funerárias do Interior de Mato Grosso do Sul) a campo-grandense Lucimara de Oliveira (50) finalmente terá um enterro digno junto aos familiares. A direção da AFIMS fez um “mutirão solidário” para evitar que a mulher fosse enterrada como indigente em Ribeirão Preto (SP) após sofrer um infarto. Era moradora de rua, não tinha documentos e os familiares com poucos recursos para as despesas de translado e funeral. A associação tem como presidente a empresária sul-chapadense Elaine Cristina Zangerolami e seus dirigentes decidiram usar a entidade para custear as despesas de forma cotizada.
Segundo Elaine Zangerolami o pedido de ajuda para os atos fúnebres e evitar o enterro de Lucimara como indigente indigente chegou ao conhecimento da AFIMS ontem. Rapidamente foi decidido pela doação das despesas de viagem e combustível. A Pax Jaraguari do Brasil cederá o veículo e o motorista. Já a Anjos da Paz de Campo Grande o serviço de sepultamento e a documentação junto ao cemitério. O translado ocorreu na segunda-feira – primeiro dia útil da semana – com reabertura dos trabalhos cartorários e durou cerca de 12 horas.
Os familiares só conseguiram trazer o corpo de volta para Campo Grande, graças à iniciativa da AFIMS . “A família ficou contente porque Lucimara ia acabar sendo enterrada como indigente. A gente percebe que quem menos tem, acaba ajudando, e empresas grandes que poderiam ter ajudado, não fizeram nada”, comenta, ainda cansado da viagem, Jhone Barros, proprietário da Pax Jaraguari do Brasil. O sepultamento de Lucimara será realizado pela Pax Anjos da Paz, no Cemitério do Cruzeiro, possivelmente, a partir das 11 horas desta terça-feira (09), segundo Jhone.
Desaparecida – Conforme a irmã, Antônia de Oliveira, Lucimara vivia nas ruas de Ribeirão Preto há cerca de 10 anos. Ela saiu de casa aos 20 anos e, até 2005, visitava a família, indo ver a mãe todos os anos em Campo Grande.
Depois desse período, não foi mais até lá e deixou de manter contato em 2009. Antônio ficou sabendo da morte da irmão depois de encontrar nas redes sociais, uma ONG que estava à procura de descobrir parentes da mulher, que havia morrido de infarto. (redação e campograndenews.com.br)
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