Foto principal (Helga Marks) Foto secundária seus pais (Raimund e Elza)
O assunto mais importante do mundo no momento é o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. Neste cenário fica subentendido a possibilidade do uso de mísseis com ogivas nucleares, numa projeção de terceira guerra mundial. estes conflitos são justificáveis porque as populações dos países beligerantes são quem sofrem os efeitos mais devastadores. Não há mocinhos no contexto mundial, apenas bandidos de fala mansa que não hesitam em mandar jovens para o campo de batalha para morrerem por ideais que nem sempre são os deles. No momento o conflito mais intenso é a guerra de informações da imprensa ocidental pró-americana e a da Rússia com versões diferentes para o mesmo fato.
É bom conhecer um pouco de história ou – pelo menos – pesquisar sobre o assunto para entender o que é globalismo, o pano de fundo desta disputa. Mas este assunto fica para outro momento. Em Chapadão do Sul tem várias pessoas idosas, jovens e especialistas em geopolítica que já vivenciaram na pele o drama da guerra. São refugiados ou filhos de pessoas que tiveram que abandonar suas respectivas pátrias, deixando para trás tudo que conquistaram ao longo da vida para recomeçar do zero em terras de idiomas e costumes completamente diferentes.

Até o momento localizamos três pessoas que se prontificaram em falar sobre o assunto e cujas lembranças nem sempre são tranquilas. A primeira delas é a aposentada Helga Marks, filha de refugiados alemães que fugiram do regime de Stalin na fria Sibéria (Rússia) e vieram num grupo de 300 famílias num navio em direção ao Rio Grande do Sul. Chegaram antes da segunda guerra mundial de 1945, quando o exército nazista de Adolf Hitler aterrorizou o mundo e – principalmente – a Europa. depois foram para Riqueza em Santa Catarina na condição de pioneiros que ajudaram a desenvolver o município.
Helga e seu marido Geraldo Marks possuem uma bela história de vida em Chapadão do Sul. Por vários anos foram produtores rurais na comunidade da Pedra Branca onde criaram os três filhos. É ligada à IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil), pessoa muito querida na cidade e conhecida pela liderança e “coração gigante”. Não perdeu o hábito de mexer com a terra e ainda cultiva flores como as orquídeas, suas preferidas. Tem um toque “especial” e tudo que planta dá frutos, incluindo sua bela horta nos fundos da casa. Sempre que fala na saga dos pais se emociona porque eles passarm por muitas privações até a chegada no Brasil.
Os pais de Helga Marks (Raimund e Elza) eram crianças quando chegaram no Brasil, mas ela cresceu ouvindo as histórias e das dificuldades na gelada Sibéria onde o solo se transforma em gelo por seis meses do ano, pessoas que morreram na viagem descartadas no oceano e outros problemas típicos de refugiados de países cujos mandatários optaram pela guerra ou subjugar o próprio povo como no caso do ditador Stalin na Rússia.
Certamente chapadão do Sul tem outros moradores com um passado ligado à guerras em outros países. Na próxima semana um dissidente da Síria falará sobre o drama de viver num País com bombas caindo sobre sua casa e parentes e amigos morrendo devido ao jogo de poder de políticos interessados apenas no próprio “umbigo”. Quase três milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia e se espalharam pelo mundo. Deixaram para trás sonhos e pesadelos em troca da incerteza. Ao longo da história vários países foram bombardeados e milhares de seres humanos não tiveram a chance fugir como a população iraquiana, massacrada pelos mísseis dos Estados Unidos, entre outros conflitos globalistas.