Representantes do agronegócio de Chapadão do Sul também se manifestaram sobre soluções que possam resolver o problema da BR-060 no extenso trecho entre Chapadão do Sul a Camapuã que vem causando acidentes diários – principalmente – em carros de passeio com estouro de pneus e acidentes. O ex-prefeito Elo Ramiro Loeff representou o presidente do Sindicato Rural (Beto Simaro) e trouxe informações relevantes à Audiência Pública. Segundo ele 1,74 milhão de toneladas de calcário foram transportadas na região por cinco empresas pela BR-060. Isso representa 26 mil bitrens com cargas de 40 toneladas cada. Este dado não leva em conta o tráfego normal de carretas e bitrens com outras cargas que atravessam o País pela BR-060.
Caminhões sofrem desgaste com quebra de suspensões, tombamentos e há registros de colisões frontais com mortes na rodovia. Representantes do setor não pouparam críticas aos políticos de todas as esferas porque a BR-060 é federal, mas as pessoas que trafegam por ela moram nos municípios e no Estado. Sobre o assunto o gerente de propriedade rural Paulo Roberto Buzolin, sugeriu a criação de um grupo com representantes de vários setores para debater assuntos importantes como o orçamento necessário para a revitalização da BR-060. “ Recolhemos um valor expressivo de Fundersul e o estado poderia usar este recurso na rodovia de forma emergencial”
Jorge Michelc, que também é produtor rural, se comunica com frequência com a Ministra da Agricultura Teresa Cristina. Casualmente ontem ela tinha agenda com o Ministro dos Transportes para tratar também deste assunto. Ele ficou encarregado de enviar a ata da Audiência Pública para que ela tivesse mais subsídios do Governo Federal. A atuação da ministra é tida como importante aliada na solução deste problema. Michelc também não poupou críticas à classe política que aparece mais em época de eleições.
Ele também é dirigente da Aprosoja e destacou que no Instagram do presidente Jair Bolsonaro a BR-060 aparece revitalizada. Na prática o presidente não está sendo informado corretamente sobre a real situação da rodovia. Foi a participação mais contundente do setor produtivo porque classificou com “vergonha” os tapas buracos mal feios na pista. “Fazem recapeamento de 2 centímetros que são levados pelos pneus de caminhões pesados, criam novos buracos no dia seguinte e tornam o tráfego perigoso para motos, carros e carretas”, enfatizou.




