Chapadão do Sul/MS

SAULO BATISTA “É um absurdo cogitar a condução coercitiva do Presidente Jair Bolsonaro para depor. Muito barulho para nada”

Coordenador do Livres em MS, Saulo Batista, analisa que todo frenesi criado pela ausência do presidente Bolsonaro a depoimento, é “muito barulho por nada”

            Num momento em que o País se prepara para a realização de novas eleições, se discute uma crise institucional gerada pelo não comparecimento do presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, dia 28 de janeiro, para depor sobre possível vazamento de investigações sigilosas. O coordenador do Livres em Mato Grosso do Sul, o empresário Saulo Batista, analisa que mesmo a grande repercussão em torno da ausência não indica uma crise institucional. “Apesar de todo frenesi que se gerou em torno disso, essa ausência não trará nenhuma consequência jurídica. Até porquê nem o presidente nem nenhum cidadão pode se ver obrigado a comparecer perante a autoridade policial para produzir provas contra si mesmo. No máximo, o que tivemos foi a defesa abrindo mão, ainda que tacitamente, de uma oportunidade de prestar informações que pudessem levar, desde já, ao arquivamento do caso. Toda repercussão em torno disso, para mim, é mais um caso de muito barulho por nada”, resumiu.

            Segundo Saulo Batista, nem mesmo o clima de tensão e o acirramento das discussões políticas que os brasileiros vem acompanhando em 2022 justificam a condução coercitiva do presidente para depor. “Eu acho absurdo que se cogite a possibilidade de condução coercitiva do presidente para depor. O problema é que no Brasil, o absurdo tem precedentes. Não faz muito tempo vimos isso acontecer, por exemplo, com o ex-presidente Lula, e sobre os aplausos de muitos destes que hoje, porque está ocorrendo com um presidente com o qual se identificam, agora percebem os perigos para a democracia dessa hipertrofia do Poder Judiciário”, analisa.

            O coordenador do Livres lembra que a postura adotada pelos simpatizantes ao Governo do PT mudou o tom ao falarem até em crime de responsabilidade cometido pelo atual presidente, o que poderia ocasionar a cassação de seu mandato. “Isso não é nem razoável num País democrático”, enfatiza Saulo.

            Saulo pondera que a importância do debate público ter como premissa o respeito às liberdades democráticas. “A nossa sociedade precisa amadurecer para compreender que o abuso do mecanismo, como a condução coercitiva, quer seja contra o Bolsonaro ou contra o Lula, é um ato de violência do Estado contra o indivíduo. E a democracia só tem a ganhar quando este tipo de excesso deixar de ser encarado sobre uma visão tribal, que só reflete o apoio ou o antagonismo a determinado político ou partido. Precisamos perceber que é a limitação ao Poder Estatal que dá segurança às nossas liberdades individuais”, conclui. (Fonte capitalnews.com.br)

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