Por 6 x 3 votos a Mesa Diretora da Câmara de Chapadão do Sul votou pela cassação do mandato da vereadora Katiusce Nogueira numa sessão que durou cerca de 4 horas devido as leituras da defesa e do parlamento na noite de ontem. O escrutínio foi secreto, mas não teve nenhuma surpresa no resultado que – teoricamente – já era esperado. A pauta 118ª foi convocada como Sessão Extraordinária de Julgamento para avaliar notificação de improbidade administrativa de autoria do Ministério Público. O advogado da vereadora, José Ricardo Perina, adiantou que nesta quarta-feira vai protocolar pedido de reintegração na Justiça.
Ká Nogueira negou a acusação numa longa fundamentação de defesa. Teoricamente terá início a uma longa batalha judicial movido por sua assessoria jurídica para se defender das acusações e voltar ao cargo. Este processo de Cassação de Mandato será postado em forma de edital hoje no Diário Oficial do Município, ratificando a decisão em plenário. O passo seguinte será a Intimação da suplente, a professora Almira Conelhero Alves Souza, também do MDB.
Antes da sessão a cúpula do MDB postou em redes sociais uma nota de apoio à Ká Nogueira. Os dirigentes do partido, entre eles o empresário Walter Schllater e simpatizantes acompanharam a sessão. Um forte esquema de segurança foi montado nas partes interna e externa da Câmara de Vereadores de forma preventiva. Não foi registrado nenhum tumulto e o público presente ficou abaixo do esperado. Apesar disso centenas de pessoas acompanharam a sessão no perfil do Poder Legislativo pelo Facebook.
Segundo a pauta de ontem, postada pela assessoria de comunicação da Câmara, a vereadora Ká Nogueira teria agido de modo incompatível com o decoro parlamentar, nos termos do artigo 184, II, do Regimento Interno, por reiteradas vezes ter se ausentado do seu local de trabalho para participar de reuniões ou viagens pela Câmara de Vereadores recebendo vantagens indevidas. A cassação é um ato político, mas o assunto seguirá sendo discutido na esfera judicial.
