A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Chapadão do Sul encaminhou ao Diário Oficial do Município o Decreto Sanitário menos restritivo desde que a chegada da pandemia de Covid-19, há dois anos. A novidade deste “Quase Normal” é a liberação em 90% de ocupação de conveniências, bares e outros estabelecimentos com eventos fechados. A fiscalização seguirá a mesma (Fiscais, Polícia Militar, Civil e Bombeiros) mas caberá aos comerciantes a cobrança do Comprovante de Vacina aos frequentadores como condição de acesso nestes locais. Pode ser o ticket recebido no momento da imunização ou digital (fotografado no celular). Na ausência do documento empresário terá no recinto um computador para checar o nome do cliente no aplicativo do SUS.
A coletiva se desenrolou num astral diferente das anteriores, marcadas pela tensão causada pelo aumento de casos de pessoas infectadas em Chapadão do Sul. Na ocasião o município tinha mais de 300 suspeitos (monitorados e contaminados). Hoje são 70, projetando uma “luz no fim do túnel” que pode projetar uma nova realidade sanitária na cidade, apesar da manutenção da bandeira vermelha. Segundo Krug a situação ainda não está confortável, mas num cenário mais animador do que nos meses anteriores.
As restrições sanitárias serão baixadas de acordo com a realidade da cidade. O próximo decreto será pautado no cumprimento das normas e o resultado do atual. Poderá ser mais ou menos restritivo. Quando a secretaria de Saúde ficar mais de um dia sem registrar casos será o “sinal verde” para a retomada da normalidade sanitária no município. No momento são sete registros / dia contra 30 /40 /50 nos meses anteriores.
Ainda há um número significativo de pessoas que recusaram a vacina, mesmo tendo imunizantes à disposição. O novo Decreto Sanitário exclui estas pessoas do convívio social porque o estabelecimento comercial será autuado caso a decisão seja descumprida. Os “teimosos” também estão na mira da lei porque podem ser demitidos diante da recusa à vacina. Se somente a vida destas pessoas estivesse em risco seria considerada uma decisão pessoal. Na prática elas podem ser infectadas por novas variantes dando início à retomada da contaminação em massa e novo flagelo econômico às empresas e a geração de novos decretos restritivos. Segundo Krug “uma variante colocaria por terra um trabalho sanitário de dois anos em Chapadão do Sul”.
O município não tem Censo Demográfico atualizado, mas estimativas projetam pelo menos duas mil pessoas que inda não se vacinaram. O universo de imunizado está na casa de 23,5 mil pessoas acima de 12 anos. De zero a 12 anos pelo menos seis mil ainda estão sem cobertura. Dentro da margem de segurança sanitária foi cancelado a Festa de Final de Ano em Chapadão do Sul. Já o Dia das Crianças será mantido na Praça de Eventos porque representam menos riscos segundo estudos científicos que norteiam estas pesquisas.
“Não podemos viver eternamente com restrições, mas a colaboração de todos será fundamental para a retomada do Novo Normal”, destacou Krug.