Enquanto algumas cidades já abriram vacinação contra Covid-19 à pessoas fora do grupo de risco a partir de 18 anos como Jaraguari ou Japorã, que deve iniciar ainda nesta semana, outras como Campo Grande ainda estão aplicando doses em pessoas a partir de 50 anos. Cada município recebe proporcionalmente a quantidade de doses conforme a população.
O fator que fez com que os municípios recebessem porcentagens diferentes de doses foi o percentual de pessoas que estavam inclusas nos grupos prioritários como indígenas, pessoas com comorbidades e os grupos considerados da linha de frente ou prioritários. Chapadão do Sul já está vacinando pessoas na faixa dos 50 anos e – nas próximas semanas – logo começará a baixar esta régua segundo fontes da secretaria Municipal de Saúde.
Em Japorã, por exemplo, a estimativa do governo estadual é de que cerca de 60% da população seja indígena. Essa característica fez com que o município recebesse mais doses em valores porcentuais, uma vez que os indígenas estavam no 1º grupo prioritário. No município de cerca de 9 mil habitantes, 2.107 indígenas foram vacinados com 1 dose do imunizante, que corresponde a 41% da população total.
Por outro lado, Campo Grande não tem aldeias que não sejam urbanas, que eram os alvos no início da campanha. Então, aplicou doses em apenas 0,03% dos habitantes, que foram classificados como indígenas não urbanos.
Essa diferença fez com que Japorã tenha recebido o suficiente para vacinar 79% da população. Devido à aplicação em duas doses, cerca de 44% dos moradores já foram contemplados com ao menos uma dose. Já Campo Grande recebeu doses para imunizar 50% dos habitantes sem contar a 2ª dose. Por isso, até o momento, 35% dos campo-grandenses receberam ao menos uma dose.
Estimativa
Para fazer a distribuição das doses aos municípios, é feito uma estimativa dos grupos prioritários. O problema é que alguns grupos nunca haviam sido tidos como alvo em outras campanhas de vacinação como o de pessoas com comorbidades, por exemplo. Isso dificulta a estimativa das autoridades de saúde.
Em Rio Verde do Mato Grosso, a coordenadora de imunização municipal, Simone Silveira, disse que o município recebeu mais doses que o de pessoas que tinham para imunizar, fazendo com que mesmo após a conclusão do público-alvo ainda houvesse sobra de vacinas.
Em nota, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que a distribuição das vacinas aos municípios é feita em cima da estimativa populacional de cada público-alvo enviada pelo Ministério da Saúde. “Toda pauta de distribuição em mato Grosso do Sul é discutida com os secretários de Saúde dos 79 municípios e aprovada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) pelos 79 municípios antes do envio. Todos os gestores municipais recebem as quantidade aprovadas”, pontuou. (redação e midiamax.com.br)