Os conselheiros tutelares de Chapadão do Sul também lembraram a paralisação nacional da categoria hoje. A iniciativa é um protesto em memória dos conselheiros Carmem Lúcia, Daniel Farias e Linderberg Vasconcelos mortos no dia 6 de fevereiro em Pernambuco, onde foi entregue uma carta aberta aos representantes destes órgãos pedindo mais proteção. No ano passado uma mulher manobrou o carro contra duas profissionais de Chapadão do Sul em retaliação pela medida protetiva aplicada por abandono. Já em Terenos (MS) elas estão juradas de morte e trabalham com as portas trancadas.
Pedófilos ou outros tipos de abusadores recebem o direito constitucional à ampla defesa. Neste processo ele é informado pelos advogados o nomes das conselheiras que recolheram as crianças que poderão ser colocadas para adoção ou outro procedimento determinado pelo juiz da vara da Infância e da Juventude em todas as cidades brasileiras. Estes profissionais ficam expostos a todo tipo de represália pelo cumprimento de suas atribuições.
Na paralisação de hoje os conselheiros buscam garantir uma melhor estrutura para o Conselho Tutelar, estimular a proposta de uma ação imediata do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Superior do Ministério Público Federal na orientação dos juízes e promotores, em todos os níveis, em relação à autonomia, autoridade e atribuições do órgão em relação a segurança.
MORTES
Um clima de comoção mudou a rotina dos moradores da cidade de Poção, no Agreste pernambucano, a 207 km do Recife, após a chacina de três conselheiros tutelares e da avó de uma criança de três anos, executados brutalmente no Sítio Cafundó, na Zona Rural do município, no último dia 6.
De acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Antônio Barros, três das vítimas foram alvejadas na cabeça e outra, cujo corpo foi encontrado fora do veículo utilizado pelo Conselho Tutelar de Poção, recebeu um tiro no tórax, o que caracteriza uma tentativa de fuga e defesa.
A criança, que estava sob a guarda dos avós maternos, não se feriu na ação criminosa. A chacina aconteceu por volta das 1ºh, quando os conselheiros tutelares, no exercício de suas funções, a criança e a avó chegavam de carro ao Sítio Cafundó, na Zona Rural de Poção, distante 207 km do Recife. Segundo o delegado Antônio Barros, o grupo voltava do município de Arcoverde, no Sertão, após uma audiência na Vara da Infância e da Juventude, cujo pai teria perdido a guarda por ordem judicial. (redação e G1º