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A prefeitura da Capital publicou no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de quarta-feira (4) o plano que prevê a erradicação da árvore exótica Leucaena leucocephala, conhecida como leucena, por ser uma espécie invasora que compete com plantas nativas e provoca impactos ambientais e socioeconômicos.
A Lei nº 7.418 institui o “Plano de Erradicação e Substituição da Leucena” por espécies nativas, em conformidade com critérios técnicos estabelecidos pela Lei Federal nº 12.651, que trata da proteção da vegetação nativa nas cidades
De acordo com o ambientalista e fundador da Ecoplantar, Marcos Eduardo Kirst, a leucena está presente em praticamente todas as margens dos córregos da Capital. A planta também foi tema de audiência pública na Câmara Municipal, realizada nesta quarta-feira, por ser considerada uma ameaça à biodiversidade.
A lei, publicada hoje no Diogrande, foi debatida na Câmara e proposta pelo vereador Francisco Gonçalves, conhecido como Veterinário Francisco (União Brasil), que classifica a leucena como “uma das 100 piores pragas do mundo, introduzida sem planejamento na nossa cidade”.
O plano prevê o mapeamento das áreas onde a espécie invasora está presente; a restauração dos ecossistemas nativos; a remoção e corte da leucena; a minimização dos impactos sobre a biodiversidade local, incluindo a proteção de espécies da fauna e flora; além da sensibilização e do engajamento da comunidade para a preservação ambiental, com foco na educação sobre a conservação das espécies nativas e os riscos das exóticas invasoras.
O município também estabelece que qualquer pessoa física ou jurídica que plantar, comercializar, transportar ou produzir leucena em Campo Grande será punida com multa de R$ 1.000.
Para Marcos Kirst, é necessário, primeiro, promover um debate com a sociedade, a fim de explicar o problema e propor ações de combate e controle da espécie, buscando o equilíbrio ambiental. O ambientalista destaca que o projeto piloto da Ecoplantar já apresenta resultados visíveis na substituição da leucena.
“Nessa área onde atuamos, os animais já encontram refúgio, com locais seguros e alimento abundante, o que tem permitido até a reprodução de diversas espécies. Isso mostra que podemos alcançar equilíbrio nas áreas que antes eram ocupadas apenas pela leucena e hoje contam com árvores nativas, como jatobás, angicos, aroeiras, entre outras”, explica.
“Com seis meses, a leucena chega a quase dois metros de altura”, alertou o professor Denilson Oliveira Guilherme, da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Ele explicou que, dessa forma, a planta sombreia as espécies nativas e concorre pelos nutrientes do solo. (campograndenews)